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Porque o Rito Escocês Retificado deve valorizar a qualidade e não quantidade?

O Rito Escocês Retificado, em sua essência, valoriza profundamente a qualidade dos membros que compõem seus quadros, em vez de focar exclusivamente na quantidade. Essa postura reflete uma compreensão mais apurada do verdadeiro propósito da Maçonaria em geral, qual seja, o aperfeiçoamento pessoal e moral, além do desenvolvimento de uma fraternidade sólida e coesa. No caso do RER o “propósito” é acrescido de maior profundidade e de substancial maior responsabilidade. Um ignorante pode ter seus erros diluídos pelo fato de desconhecer determinadas regras morais e espirituais que regem nossa existência, porém aquele que conhece as leis universais não pode se socorrer da ignorância como álibi de suas faltas e erros, este será sempre alcançado pela Providencia.   

A qualidade dos membros é um reflexo direto do compromisso com os altos princípios que o rito promove, como a busca pela verdade, o autoconhecimento e o trabalho contínuo para o bem da humanidade, e consequentemente da sua reintegração. O Rito Escocês Retificado seleciona, ou deveria selecionar, muito cuidadosamente aqueles que compartilham desses ideais e estão dispostos a trilhar um caminho de aprimoramento individual e espiritual, o que deveria resultar em uma fraternidade mais forte, unida e dedicada, porém pesquisadores e pensadores maçônicos atuais fazem sérias críticas da utilização maçônica de forma política no sentido mais negativa do termo. Atividades políticas pessoais e individuais dentro de uma instituição maçônica podem comprometer seriamente os princípios de união e fraternidade tão desejamos pelos retificados. Ao trazer interesses políticos particulares para o ambiente maçônico, cria-se divisões entre os membros, minando a harmonia e o espírito de irmandade que a maçonaria retificada tanto preza. Essas práticas geram desconfiança, competição desleal e enfraquecem o foco nos valores coletivos, como a busca pelo aprimoramento moral e espiritual. Além disso, podem comprometer a imagem da instituição, desviando-a de seus objetivos doutrinários e de benemerência que é a séculos o mote do RER.

Por outro lado, uma abordagem que privilegia a quantidade em detrimento da qualidade pode comprometer a profundidade dos laços fraternos e a seriedade com que os ensinamentos são absorvidos e aplicados. A admissão de um grande número de membros sem uma criteriosa avaliação de seu comprometimento com os valores maçônicos retificados pode enfraquecer o espírito da instituição em geral e em especial do RER e diluir os efeitos que este trabalho tão importante, qual seja, a transmissão de uma doutrina única e sublime. 

No contexto do Rito Escocês Retificado, a busca pela qualidade ao invés da quantidade não é apenas uma escolha administrativa, mas um princípio fundamental que assegura a perpetuação de uma tradição maçônica que preza pela excelência moral e espiritual de seus integrantes. Isso gera uma fraternidade onde cada membro está genuinamente comprometido com o crescimento pessoal e coletivo, garantindo a preservação e a transmissão fiel dos valores recebidos de nossos antecessores às futuras gerações.

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