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Bullying e o bom humor na maçonaria

Editorial CEPdoRER

O bullying e o bom humor são fenômenos que, embora possam compartilhar o uso de palavras e comportamentos, divergem profundamente em sua natureza, impacto e intenção. Essas duas formas de interação social têm implicações distintas na saúde emocional e no bem-estar psicológico dos indivíduos envolvidos, no caso especificamente dos membros maçons.

O bullying refere-se a um comportamento repetitivo e intencional de hostilidade ou agressão, seja física ou verbal, que é exercido por uma parte mais forte em relação a uma parte mais fraca. Essa prática tem como objetivo subjugar, humilhar e causar danos emocionais à vítima. O bullying pode assumir diversas formas, como insultos, zombarias, exclusão social e até mesmo violência física.

O impacto do bullying na saúde mental das vítimas é significativo, levando a problemas como ansiedade, depressão, baixa autoestima e, em casos extremos, até mesmo pensamentos suicidas. É uma prática condenável, que demanda intervenção e prevenção para proteger aqueles que são alvo desse tipo de comportamento.

Por outro lado, o bom humor é uma expressão positiva que visa promover alegria, descontração e conexão social. Envolve a capacidade de enxergar o lado leve da vida, fazer piadas saudáveis e compartilhar risadas de maneira construtiva. O bom humor cria um ambiente propício para a comunicação, fortalece os laços sociais e contribui para um clima mais positivo em diferentes contextos.

Enquanto o bullying é caracterizado por uma dinâmica de poder desequilibrada e intenção prejudicial, o bom humor é baseado em empatia e na promoção do bem-estar. É fundamental reconhecer a diferença entre brincadeiras saudáveis e comportamentos prejudiciais, garantindo que o humor seja utilizado como uma ferramenta para construir, e não destruir, as relações interpessoais. Se um único individuo considerar uma brincadeira como Bullyimg o limite foi ultrapassado e requer especial atenção.

Mas porque este assunto aqui em editorial? Porque embora o RER tenha sido fundado praticamente na mesma época do Rito Frances ou Moderno , e antes do Rito de York e do próprio REAA, ele é o caçula em se tratando de presença no Brasil. O RER tem paramentos que são importantes ritualisticamente e simbolicamente, e um destes paramentos é seu característico chapéu tricórnio, cujo simbolismo iremos discutir futuramente no CEPdoRER, mas que a princípio significa um nível de integridade moral, que está associado à beleza, usando em gestos. Mas este chapéu é também motivo de brincadeiras por parte de praticante de outros ritos associando-o a parte das vestimentas de piratas ou ainda a um determinado personagem de Hollywood. Nós retificados não devemos considerar este bom humor dos nossos irmãos de outros ritos como bullying e sim como um forma e oportunidade de explicarmos melhor as características de nosso Rito, nossos costumes e nossas tradições.

Mas se um indivíduo do nosso próprio Rito utiliza artifícios de suposto humor e brincadeira para  promover internamente piadas sobre o chapéu tricórnio, com o objetivo explícito ou encoberto de depreciar nossos valores, símbolos e valores morais, aí então pode haver diversas explicações possíveis, e é importante considerar o contexto e a complexidade deste comportamento.

A auto-depreciação através do humor pode ser uma estratégia de enfrentamento para lidar com a baixa autoestima, ansiedade social ou outros desafios emocionais. Pode também refletir um humor autor referencial usado como uma forma de proteção contra críticas externas, buscando antecipar-se às avaliações negativas.

Talvez essa dinâmica esteja causando sofrimento significativo na vida deste indivíduo, então como bem amados irmãos que somos, é aconselhável sugerir a este tipo obreiro que promove piadas e brincadeiras com os paramentos de sua própria Ordem, procurar  ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra. Eles podem realizar uma avaliação mais detalhada e fornecer orientação personalizada com base nas necessidades dele.

Como sugerimos, as brincadeiras e o bom humor daqueles que conhecem muito pouco o Rito Escocês Retificado deve ser tolerado e encarado como oportunidade para um bom papo, para divulgar o Rito e nossas tradições mais que centenárias, mas este mesmo tipo de comportamento publico de quem pratica o Rito, deve ser visto como patologia psiquiátrica e encaminhado para tratamento.

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