Esta é uma pergunta recorrente que nós recebemos com frequência no e-mail do CEPdoRER, tanto daqueles que são retificados, quanto daqueles que desejam conhecer melhor nossa Ordem. Para explicar de maneira clara o proposito de uma Ordem de cavalaria, temos que entender os dois cultos estabelecidos no passado, qual sejam a dinastia de Cain e a de Abel.
Desde a origem, não há uma “Tradição”, mas duas “Tradições”, dois “cultos”, o que significa dizer duas “religiões”: uma natural e uma outra de sombras, originária da posteridade de Cain, e a outra natural, que coloca toda a sua esperança apenas no Eterno e em sua Divina Providência, esta segunda é proveniente da linhagem de Abel. Os séculos passados e futuros não deixarão de confirmar esse constante antagonismo, constituindo uma separação entre dois “caminhos” totalmente diferentes que estarão em permanente oposição, tornando-os rigorosamente estranhos e inconciliáveis.
Desde a Queda, nós sabemos que os homens assistem ao desenvolvimento crescente e contínuo do culto obscuro, reprovado, que deseja conquistar o Céu por seus próprios meios, a chamada posteridade da serpente, que tem obrigado os eleitos do Eterno, que constituem a “Alta e Santa Ordem”, em sustentar os elementos do verdadeiro culto, da Tradição efetiva.
O próprio Jean-Baptiste Willermoz considerou, que devemos ser extremamente vigilantes no plano espiritual para não nos deixarmos levar para os domínios oriundos da tradição reprovada de Caim, sob risco de sermos conduzidos para horizontes muito distantes da verdadeira iniciação.
Aliás foi pensando exatamente nesta tradição a ser preservada que Willermoz tomou uma decisão importante de excluir de nossos rituais o nome “Tubalcaïn” que era o filho de Lameque e Tsillah, descendente de Caim, pois não se podia imaginar que persistisse nos rituais de qualquer instituição de Cavalaria uma referência a um personagem marcado pelo selo da reprovação.
Temos ai portanto o objeto e o objetivo de uma Associação de Cavaleiros , qual seja a preservação dos conhecimentos que permitem a celebração do “culto Reparador”. Os Cavaleiros tem um desafio constante e diário, nos mantermos fieis a nossa afiliação celeste ou cedermos as tentações do culto obscuro. Está em nossas mãos a direção a ser tomadas, além de arcarmos com as consequências de nossos atos.
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